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Br / Regra do Três
aka: Rule Of Three

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A Regra do Três é um padrão usado em histórias e piadas, onde parte da história é contada três vezes com variações pequenas. As primeiras duas instâncias acumulam a tensão e a terceira libera essa tensão acumulada ao incorporar uma reviravolta ou quebra.

Três é o menor número possível para se criar e então divergir de um padrão, por isso é bem comum nas histórias. O terceiro de três irmãos tem êxito depois que os dois mais velhos falharam. O protagonista passa pelos Tres Testes e recebe o prêmio após o terceiro. É difícil encontrar uma história folclórica que não empregue a regra do três de algum modo.

Dando sequência à tradição oral, os escritores de discursos incorporaram a regra do três. Os pontos vêm em três, desde 'Ein Volk, Ein Reich, Ein Führer' até Tony Blair declarando 'Educação, educação, educação'. note  Em discurso persuasivo ou educacional, é também um conceito básico: diga a eles o que você vai dizer a eles, diga a eles, diga a eles o que você disse a eles. note 

A regra do três também é amplamente usada na comédia. Muitas piadas populares são baseadas em três personagens prontos (e.g. um padre, um pastor e um bêbado) na mesma situação. Os primeiros dois reagem normalmente e o terceiro faz algo ridículo (mas condizente com o estereótipo do personagem). No Brasil os personagens prontos podem referenciar estados de origem (e.g. um paulista, um carioca e um baiano) e fazer uso de estereótipos comuns de cada estado. Outra variante (geek) são as piadas com o engenheiro, o físico e o matemático, mas estas quase nunca são consideradas ofensivas, em boa parte porque os estereótipos são humorosamente aceitos pelos membros dos três grupos (e.g. o engenheiro é excessivamente prático, o físico faz suposições exageradas e o matemático surge com uma resposta correta, porém inútil; esses traços são usados com efeito cômico, mas possuem um fundo válido).

Uma variante mais popular da regra é repetir a mesma piada ou conceito três vezes, mas usar uma surpresa no terceiro item que torna a piada engraçada novamente. Uma versão disso é O Triplo, onde um personagem lista três itens, com os primeiros dois lógicos e sérios e o terceiro aplicando uma piada. Por exemplo, um personagem pode dizer para uma pessoa careca, "Posso pegar algo pra você? Um café? Um donut? Uma peruca?"

Alternativamente a surpresa pode vir durante a segunda interação, como a Habilidade De Chekhov falhando na primeira tentativa de uso e só funcionando adequadamente na terceira tentativa. Essa versão tende a acompanhar os tropos de Chekhov.

A Piada Excessivamente Longa pode ser considerada uma subversão da regra do três porque falha em entregar a surpresa esperada.

Às vezes um evento precisa ser mostrado três vezes para estabelecer que uma variação da norma está acontecendo. Na primeira vez que o público vê o evento, eles entendem que aconteceu de um certo jeito mas ainda não sabem que é típico. Na segunda vez, é do mesmo jeito que na primeira. Isso estabelece que é o jeito padrão como as coisas ocorrem. Na terceira vez, é diferente, então o público sabe que é um desvio da norma. Por exemplo, em Um Sonho De Liberdade, nós vemos Red tentar obter a liberdade condicional três vezes. As primeiras duas tentativas são praticamente idênticas. A terceira é diferente, indicando como ele mudou depois que o Andy saiu.

Este tropo é também incrivelmente comum em contos de fadas e histórias de fantasmas que são parte da tradição oral. O motivo acima é importante, pois o público não tem uma boa ideia de como o fantasma/gnomo/bruxa agiria tipicamente, e também funciona para acumular tensão. Mas outro motivo é porque é fácil de lembrar. Com a repetição você ganha mais história por história ao lembrar apenas de uma história curta e algumas variações. Isso torna a história mais fácil de lembrar do que contos não-repetitivos de mesmo tamanho, tanto para os profissionais que coletam o máximo de histórias possível quanto para as pessoas que passam uma história para frente porque por acaso elas se lembraram dela.

Na arte, existe a regra dos terços, onde colocar itens nas interseções entre as linhas dos terços traz mais atenção do que simplesmente enquadrar no centro. No design, grupos de três objetos ou objetos posicionados de maneira a formar um triângulo são considerados mais atrativos visualmente.

A regra do três pode ser um subtropo de um fenômeno psicológico mais geral, já que o três é bem notado em todas as formas de cultura. Filmes, livros e peças vêm em trilogias. Eles possuem uma Estrutura De Tres Atos: começo, meio e fim. Contagens de três elementos são usados amplamente na retórica, escrita e mito: "Preparar, apontar, atirar", "Veni, vidi, vici", "Luz, câmera, ação", "retórica, escrita e mito". Apenas pense um pouco sobre quantas vezes você já ouviu a frase 'Quando eu contar até três...'

É por isso que nós temos os trios poderosos e os trios terríveis.

Variantes deste tropo incluem usos do 5, 7, 12 e múltiplos convenientes de 5 em diante (i.e. 25 ou 50, mas não 35 ou 70).

Consultar também Conflito e outros mecanismos de trama que vêm em grupos de três ou sete.

Sub-tropos incluem:


Exemplos:

Exemplos Em Falta.

Alternative Title(s): Rule Of Three

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