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Br / Agaynia

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"Sou mulher, sou pobre, sapatão, mãe solteira, preencho todas as lacunas. Tem de saber lidar com o preconceito"

A despeito do significado tradicional da palavra "gay", personagens homossexuais tendem a ser muito miseráveis, e não por uma simples coincidência - as suas misérias podem ser atribuídas em grande parte graças as suas sexualidades ou, mais apuradamente, as atitudes das outras pessoas em relação a elas. Resumindo, eles não têm apenas angustia e agonia, eles têm Agaynia.

Personagens sofrendo de Agaynia são inclinados ao alcoolismo e a outras formas de abuso de substâncias, à auto-depreciação, à feroz homofobia em relação a si mesmos e aos outros, a se apaixonarem de forma trágica e não correspondida com heterossexuais, a contemplarem (e algumas vezes cometerem) suicídio, e a desejarem que fossem héteros.

Agaynia é um tropo que costuma gerar ódio por parte dos telespectadores pois, apesar de mostrar os gays com certa simpatia, pode ser intrepetado como algo que diz que é impossível ser homossexual sem ser infeliz, ou que eles não merecem Finais Felizes. Por outro lado, mostrar alguma coisa na ficção não é o mesmo que promovê-la (de fato, pode ser um excelente modo de condená-la), e Agaynia ainda é tristemente comum na vida real, então dificilmente é um tropo irrelevante. No fim das contas, A Verdadeira Arte É Angustiante transcende orientação sexual.

Se a história quer um tom edificante, o personagem vai, eventualmente, vir a aceitar seus sentimentos, havendo então uma História De Saída Do Armário, a partir daí ou ele será feliz para sempre com seu interesse amoroso, ou cairá em algum esteriótipo.

Muito comum em obras com Yaoi e Yuri, por razões óbvias. Estranhamente incomum quando um programa tem um Elenco Cheio De Gays.

Não confundir com Gayngster, embora alguns desses possam sofrer disso.


Exemplos:

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    Anime/Manga 
  • Em Girls Friends, Mari sofre por amar Akko quase que a história inteira. Pela metade da história Akko começa a sofrer por amar Mari.
  • Juri, de Shoujo Kakumei Utena, sofre internamente por causa de Shiori, mesmo com a história se passando em um colégio em que todo mundo é bi. O fato de as duas estarem em um estranho Triângulo Amoroso também não ajuda.

    Banda Desenhada/Quadrinhos 
  • Angústia é uma enorme parte da personagem Renee Montoya, desde que sua sexualidade foi revelada em Gotham Central. Como se não bastasse, ela é uma mulher latina e honesta em uma delegacia de polícia sumariamente masculina e branca e completamente corrupta. Eventualmente ela se volta para o alcoolismo e pensa em tentar suicídio, enquanto passa de um relacionamento de apenas uma noite a outro. Ela melhora, depois de um tempo.
  • A ex-namorada de Renee, Katherine "Kate" Kane (Batwoman), tinha também seus problemas. Filha de dois soldados, quando eles são assassinados na sua infância ela decide que seguirá os passos dos pais. Após se graduar ela se torna uma mulher muito respeitada no meio... até começarem os rumores sobre ela ser homossexual. Os regulamentos do exército requerem que ela seja afastada e, como Kate se recusa a mentir sobre si mesma, o único sonho que ela tinha desde os dez anos de idade acaba.
  • Karolina Dean, de Fugitivos, gosta da sua melhor amiga, ficou com caras só porque ela queria se sentir 'normal' e tentou cometer suicídio se deixando ser mordida por um vampiro. Provavelmente descobrir que é uma alienígena e que seus pais são supervilões adiciona um pouco mais de angústia na garota.
  • Watchmen tem vários personagens secundários que são gays; nenhum deles acaba com um final feliz.

    Filmes 
  • Brokeback Mountain é provavelmente o exemplo mais conhecido desse tropo atualmente.
  • Prudence, em Across The Universe, logo em sua primeira aparição, canta tetricamente "I Wanna Hold Your Hand" enquanto olha outra garota. Depois, ela chega a fazer coisas como achar um namorado que a bate e - literalmente - se trancar em um armário.
  • Coronel Fitts, de Beleza Americana, é um caso particularmente perturbador de auto-depreciação.

    Literatura 
  • Riobaldo, de Grande Sertão: Veredas, começa a se atormentar e pensar em suicídio após parar de ver a si mesmo e a Diadorim como apenas bons e próximos amigos.
  • Na peça de teatro O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, Aprígio é apaixonado pelo genro, Arandir, e vive em negação. Os acontecimentos se desenrolam de uma forma que, no final, ele tragicamente mata o marido da filha.

    Música 
  • Uma das especialidades do Morrissey. Bret Easton Ellis chegou a se referir ao The Smiths como "gay angst music".
  • John Lennon adimitiu que a música dos Beatles "You've Got To Hide Your Love Away", a qual ele escreveu, é uma forma de hino Agaynia ao seus empresário, Brian Epstein, que estava familiar com os problemas da vida real presentes nesse tropo.
  • "Viðrar vel til loftárása", da banda islandesa Sigur Rós. Embora a letra da música seja incompreensível, tanto a melodia quanto o videoclipe deixam claro do que se trata.

    Televisão Live-Action 
  • Na Telenovela brasileira da Rede Globo, Mulheres Apaixonadas, Clara sofre bastante, principalmente por conta do comportamento de sua mãe.
  • Outro exemplo de Telenovela, em Ti Ti Ti Osmar morre com seu pai odiando-o e o impedindo de se assumir para sua mãe. Julinho foi expulso de casa por seu padrasto, que não o deixa ter contato com a família, e depois repudiado por Dona Bruna. Até Lourdes, uma personagem de pequena aparição, sofre porque a mãe não apóia o seu "estilo de vida".

    Vida Real 


Alternative Title(s): Gayngst

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